Paraná e Portugal firmaram parceria na área de inovação. O acordo foi assinado nesta segunda-feira (12) na Audiência Pública promovida pela Comissão de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (CCTES) da Assembleia Legislativa, durante o debate da nova lei estadual que trata do tema. O protocolo de intenções foi oficializado entre o superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, Aldo Bona, e o ministro da pasta do país europeu, Manuel Heitor. O presidente da CCTES, o deputado Emerson Bacil, também assinou o documento, assim como o superintendente de Inovação da Casa Civil do governo estadual, Henrique Domakoski e o presidente da Fundação Araucária,Ramiro Wahrhaftig.
“Fizeram questão de firmar o acordo na audiência, pois entenderam a importância de se discutir o assunto. Feliz em participar desse momento, que deve representar grandes avanços”, afirma Bacil.
O Paraná é o segundo estado mais inovador do Brasil, fica atrás apenas de São Paulo. O dado foi revelado pelo Índice de Inovação dos Estados, lançado pela Federação das Indústrias do Ceará.
Aldo Bona avalia que Portugal deve contribuir na busca do Paraná pela posição número um, já que o País é líder na União Europeia na área das pequenas e médias empresas inovadoras (PME) e está entre as regiões europeias com ambiente mais favorável para inovação, com sistema de pesquisa atraente.
“Os temas específicos serão discutidos. Para cada ação, um acordo será feito”, pontua o superintendente Geral de Ciência,Tecnologia e Ensino Superior do Paraná.
O ministro português destaca que inovação é um tema comum a todos e impacta no dia-a-dia da população, de forma geral, em setores fundamentais.
“Da saúde à agricultura. Inovar significa mais qualidade de vida, mais empregos. O melhor caminho para isso é promover e estimular parcerias de aprimoramento e implantação voltadas ao setor, buscando o aperfeiçoamento”, disse Heitor.
“Portugal é um case de sucesso nesse segmento e, portanto, contar com essa parceria é excelente Encontraremos, certamente, alguns atalhos para que o Paraná se torne o Estado referência em inovação”, finalizou Domakoski.
Nova Lei de Inovação
A Audiência Pública foi organizada em parceria com a Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação ( Assespro-PR ).
De acordo com o governo do Paraná, a proposta de Lei é resultado do trabalho coletivo envolvendo: Coordenação de Ciência e Tecnologia, Sistema Estadual de Parques Tecnológicos (Separtec), Programa Paraná Inovador, especialistas de universidades paranaenses e colaboradores.
A Lei Estadual de Inovação “estabelece medidas de incentivo à inovação, pesquisa e ao fomento científico e tecnológico para o desenvolvimento econômico-social”.
“Para alcançar a liderança, no entanto, temos que criar um ambiente cada vez mais favorável às empresas e às Startups – elas querem e podem inovar com excelência. O Paraná inteiro é beneficiado, com resultados para a população, após surgimento de mais empresas, geração de emprego e renda, novos produtos e serviços”, explica o diretor- presidente da Assespro/PR, Adriano Krzyuy.
O empresário Sandro Vieira, dono de uma empresa de tecnologia de automação de energia e telegestão de iluminação diz que a desburocratização é fundamental para que as companhias se tornem mais competitivas.
“Precisamos acessar capital de risco de forma mais rápida e dinamica”, disse.
O governo do Paraná disponibilizou até meados do ano uma consulta pública sobre a nova Lei Estadual de Inovação para que representantes da comunidade acadêmica e de diferentes setores da sociedade fizessem sugestões fundamentadas em estudos ou experiências. O anteprojeto de lei está sendo analisado pela Casa Civil e deve ser encaminhado à Alep no início de setembro.
“A nova legislação pode ser uma ferramenta importante na busca pelo desenvolvimento regional”, finaliza o presidente da CCTES.