O aniversário do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) teve a inserção de uma demanda da região Sul que se nota estar numa encruzilhada. Segue o caminho e põe fim à árvore símbolo do Paraná ou muda o rumo, focando no manejo e sustentabilidade? É o que questiona o deputado estadual Emerson Bacil (PSL), na tentativa de ampliar as florestas.
“Agenda Ambiental Federal para o Estado do Paraná – Uma construção continuada” foi a temática de evento alusivo aos 31 anos do IBAMA, no auditório do Centro de Ciências Florestais da Madeira da Universidade Federal do Paraná (UFPR) em Curitiba. O evento reuniu autoridades, ambientalistas, técnicos, especialistas do setor, dentre outras pessoas, nesta segunda-feira (17/02).
O IBAMA tem a missão de “proteger o meio ambiente, garantir a qualidade ambiental e assegurar a sustentabilidade no uso dos recursos naturais, executando as ações de competência federal”, e com o intuito de “ser referência ambiental na promoção do desenvolvimento do Brasil”. É o que questiona o deputado: promoção do desenvolvimento e sustentabilidade, como? De que forma?
“Nos últimos 20 anos a Lei não tem colaborado para a preservação e sim, a vedação de corte, tem levado ao caminho da extinção total. É o símbolo do Paraná e precisamos discutir manejo e sustentabilidade, com sustento e renda para o pequeno agricultor. Dar oportunidade à quem gosta da floresta. Esta é a ideia que eu defendo”, resumiu o deputado em breve discurso no evento do IBAMA.
“Quem respeita o meio ambiente precisa ser visto de forma diferente. Precisamos do enfrentamento desta questão. Debater formas de manter e ampliar as florestas com Pinheiro Araucária”, afirma. Emerson Bacil se propõe em buscar alternativas, sugerindo a necessidade de mudar a legislação permitindo o corte de algumas árvores atrelada à responsabilidade de plantio e preservação.
“Corta um, planta dez”, exemplifica. A região Sul do Paraná, justamente a área defendida pelo deputado, é o que concentra os maiores percentuais de preservação, mas que vem diminuindo. A retirada ilegal de madeira segue ocorrendo. O que falta, segundo o deputado, é uma política de incentivo para quem realmente preserva, mas com viés econômico, disso a proposta de manejo e sustentabilidade.
Desde o ano passado, quando da promoção de uma audiência pública sobre o Pinheiro Araucária, Emerson Bacil tem ouvindo diversos setores da sociedade. Relacionando esta base de informações com a realidade do meio rural. Disso o entendimento de que, havendo o respaldo jurídico para retirar algumas árvores há a contrapartida da preservação, com possível ampliação das florestas.
“Temos muitos agricultores, pais de família, homens de bem. Estes não podem ser criminalizados e precisam, sim, de uma nova Lei que dê condições de manejo e sustentabilidade. É o que eu defendo”, ressalta. É nesse contexto que o deputado trabalha para mudar a legislação. “Se puder usar algumas árvores, o proprietário vai preservar as florestas ampliando, certamente, a quantidade de Pinheiros.”